3 de agosto de 2016

CAPÍTULO 26 - Mãe e filha

Vitória Narrando

Amanheci como nunca na minha vida, o dia estava lindo, o sol entrava pela minha janela, fazia calor. Estiquei meu corpo e decidi me levantar, meu dia seria corrido, almoçaria com meu irmão e o mesmo me ajudaria na parte da tarde a encontrar meu apartamento, mas claro, isso ainda era um segredo nosso, queria comunicar a todos somente quando tudo certo. 

O relógio marcava 10:00 horas, segui para o banheiro mais do que animada.  Meia hora depois já estava pronta, uma roupa leve e pouca maquiagem. Desci e Cida estava arrumando a sala de televisão.

- Bom dia Cida. – Fui até ela beijando seu rosto. 
- Bom dia querida. – Sorriu. – O café ainda está na mesa. Quer que eu faça um suco de laranja para você?
- Quero sim Cida. – Seguimos para sala de jantar, ela foi até a cozinha, pouco tempo depois meu suco já estava sobre a mesa.
- Obrigada! Senta um pouquinho comigo Cida. – Ela concordou e se sentou.
- Vai sair querida?
- Vou sim. – Sorri.
- Seu irmão ligou. – Direcionei minha atenção a ela. – Pediu para te avisar que espera no restaurante de sempre para almoçarem. – Sorri assentindo.
- Ele disse a que horas?
- 12:30 horas.
- Certo. – Ajudei a recolher a mesa mesmo ela não querendo. – E meus pais? – Perguntei tempos depois.
- Seu pai saiu cedo com seu irmão, sua mãe foi ao ateliê, estava animada.
- Espero que essa animação dure Cida.
- Vai durar meu bem.

O tempo passou voando, adorava conversar com Cida. Olhei no relógio e marcava 11:45 horas, resolvi sair naquele momento.

- Cidinha, já estou indo.
- Vai com Deus menina. – Disse me abraçando.
- Amém! – Cruzei a sala de estar em direção a porta.

12:20 horas estava na porta do restaurante, desci do carro e entreguei a chave ao manobrista, não precisei trocar nem dois passos e já avistei meu irmão, ele também acabara de deixar a chave de seu carro na mão de outro rapaz.

- Animada? – Perguntou com o maior dos sorrisos.
- Claro! 
- Vamos entrar. – Adentramos o restaurante e após informar sobre nossa reserva, fomos direcionados a nossa mesa.
- Selecionei alguns imóveis, acho que você vai gostar.
- Eu confio em você. – Sorri. O garçom veio até nós e fizemos nossos pedidos. – Os apartamentos são muito afastados?
- Não maninha são bem próximos, vou poder te visitar muito e te encher muito o saco. – Falou divertido.
- Eu vou adorar ter você na minha casa. – Falei empolgada.
- Eu estou achando que você vai preferir a companhia e a visita de outra pessoa. – Falou sugestivo. 
- Não sei do que você está falando. – Me fiz de desentendida. 
- Ah sabe sim. Me conta vai.
- Sabe o que você está parecendo. – Olhou para mim para que continuasse. – Você tá parecendo aquelas garotinhas de ensino médio que ficam todas empolgadas para saber como foi o beijo da amiga no garoto mais gato da escola. – Falei quase morrendo de rir.
- Muito engraçada você, desse jeito não dá poxa e minha moral? – Falou indignado.
- Eu estou brincado seu bobão. – Peguei sua mão nas minhas.
- Eu sei. – Sorriu. – Eu não quero ser invasivo, só me preocupo com você.
- Eu sei disso e se é para tranquilizar você eu posso dizer que estou bem, muito bem, melhor que nunca. – Apertei suas mãos e sorri.
- Fico muito feliz. – Nossos pedidos chegaram, comemos conversando um papo descontraído. Logo terminamos, pagamos a conta e seguimos para um dos nossos diversos destinos da tarde.

(...)
- Gostou desse? – Perguntou meu irmão, era o terceiro apartamento que visitávamos e eu ainda não havia gostado de nenhum.
- Humm, mais ou menos. – Olhava ao redor e não consegui formar um opinião, parecia pouco arejado.
- Eu achei que você fosse menos complicada. – Me olhou entediado.
- Eu  não sou complicada, só não gostei.
- Tudo bem vamos ver o último, caso não goste começaremos tudo outro dia.
- Ok. – Saímos do prédio e seguimos para um outro, esse bem mais próximo da casa de meus pais. Vitor estacionou na frente e eu encostei logo atrás. Subimos depois de sermos autorizados. O apartamento ficava no 10° andar, a porta foi destrancada e entramos, me encantei de cara.
- É perfeito! – Sorri.
- Nossa até que enfim. – Falou.
- Fica quieto! É esse, quero esse. – Falei animado.
- Então tá, vou providenciar o contrato de compra e venda.
- Eu te amo meu irmão.


(...)


Saímos do prédio e eu resolvi fazer uma visita para minha mãe, queria um abraço dela, estava com saudade da nossa relação mãe e filha. Cheguei ao ateliê pouco tempo depois, estacionei em frente e adentrei.

- Eu não sei se vou conseguir viver assim por muito tempo. – Minha mãe falava ao telefone, eu estava parada na porta, ela parecia angustiada. – É o que eu mais tenho, paciência. – Passou a mão no rosto. – Eu os amo demais. – Virou – se na minha direção e me viu parada ali, seus olhos ficaram um pouco arregalados. – Eu preciso desligar.
- Minha filha. – Veio sorrindo em minha direção. – Como você está meu amor? Chegou a muito tempo?
- Estou bem. Cheguei agorinha. Está tudo bem? Parece preocupada?
- Está tudo ótimo meu amor, você está aqui. – Sorriu me abraçando e eu retribui. 
- Está trabalhando naquele vestido? – Apontei para um belo vestido longo, era lindo.
-Sim. – Aproximou – se da peça. – Experimente ele filha, quero ver como fica em você. – Sorri e assenti tocando um de seus bordados. Ela soltou o vestido e me deu, segui ao provador e o vesti, tinha que reconhecer que o trabalho de minha mãe era perfeito, saí voltando a sala principal. – Nossa! Ficou perfeito.
-  Você arrasa mãe. – Falei passando a mão no vestido em frente ao espelho.
- Quero que venha aqui novamente ainda essa semana, vou tirar suas medidas e fazer um belo vestido para você.
- Obrigada mãe. – A abracei apertado e voltei para me trocar. – O que vai fazer agora?
- Não tinha pensado em nada, talvez ir para casa.
- Não senhora. Vamos ao shopping, fazer umas comprinhas. O que acha? – Falei e vi seus olhos brilharem.
- Eu vou adorar filha. Vou só pegar minha bolsa.

Menos de cinco minutos depois seguíamos rumo ao shopping para termos um momento mãe e filha. Nossa relação estava precisando disso.






NOTAS: Apareci de novo. Gostei muito desse capítulo só a Vi narrando ❤ Me desculpem pelo sumisso fico tão mal quanto vocês, estou também com alguns problemas emocionais, peço mais uma vez que entendam sei que é difícil, mas é meu único pedido.

26 de julho de 2016

CAPÍTULO 25 - Serenidade



Luan Narrando



Cheguei em casa sem mais delongas, no caminho as músicas do rádio me faziam lembrar de sua voz ao cantar parte das mesmas.

Ativei o alarme do carro e em seguida adentrei minha casa pela porta da frente. Tomei um susto ao acender a luz e minha mãe estava sentada no sofá, sorri para ela que sorriu de volta da forma mais doce, sabia exatamente o que se passava na sua cabeça de mãe, estava preocupado comigo, ninguém me conhecia mais do que ela.

- Mãe, ainda acordada. – Fui caminhando até ela.
- Perdi o sono, vim te esperar chegar. – Sorriu. – Vem aqui. – Bateu no espaço livre no sofá ao seu lado.

Segui em sua direção e me sentei, ela estava de braços abertos para me receber, me virei de costas para ela me aconchegando nos seus braços, meus ombros encostados em seu corpo.

- Como está se sentindo mãe? – Pergunto querendo saber sobre sua gestação.
- Eu estou bem, nós estamos bem. – Disse tocando sua barriga na lateral.
- Nunca imaginei que vocês teriam outro filho. – Sorri pensando na situação.
- Tudo tem um propósito, Deus quis nos dar outro anjinho. – Deu um beijo nos meus cabelos.

Suas falas me inundaram de felicidade, me senti coberto de amor, seu jeito de lidar com a situação, o modo como faz referência ao meu irmão (a), não lembro muito de quando ela estava grávida da Bruna eu era criança não entendia direito, mas agora, bem mais maduro e tomado pelo sonho de construir uma família tão sólida quanto, via o quão maravilhoso estava sendo.

Escorreguei minha cabeça para seu colo deitando meu corpo no sofá, me virei de lado e abracei sua cintura, queria aquela proximidade, estava curtindo muito esse lance novo. Suas mãos acariciavam meus cabelos e podia sentir seu sorriso, realmente minha família era extremamente abençoada.

- E você? – Sua pergunta soou em meio ao silêncio.
- O que tem eu?
- Como anda seu coraçãozinho? – Confesso que não esperava por essa pergunta agora, principalmente porque não sei como anda meu coração.
- Não sei. – Confessei com sinceridade. – Talvez um pouco mexido. – Suspirei.
- Estava ate agora com a dona dos seus suspiros?
- Sim.
- E eu poderia saber quem é que está mexendo com o meu bebê? – Perguntou risonha me obrigando a dar risada também.
- É a pessoa mais doce e linda, por dentro e por fora, que já conheci.
- Tem nome? – Assenti sorrindo.
- Vitória, acho que é a minha Vitória.
- Te ver feliz me deixa muito alegre filho. Essa moça sente o mesmo por você?
- Não sei mãe, mas ela me faz bem.
- Eu conheço?
- A viu uma vez.
- Sério? Onde? - Me pergunta curiosa.
- Aqui em casa, naquele jantar que fizemos para renovar a contrato com o advogado da empresa.
- Então... É a Vitória? Filha do Ricardo? – Assenti. – Ela é uma graça de menina.
- Tenho certeza disso mãe. – Me levantei encarando seus olhos, ela me deu um beijo na bochecha e me chamou para subir, concordei e subimos as escadas.





Vitória Narrando



        Tudo parecia um sonho, a minha vida parecia um sonho. Fechei a porta do meu quarto colocando em seguida a bolsa em cima da escrivaninha. Entrei no closet, retirei meu sapato, apreciando com o pé descalço o tapete macio do local, guardei pulseiras e brincos em seus devidos lugares, tirei a roupa e a coloquei junto com as outras de lavar.

Segui para o banheiro, minha banheira parecia mais incrível do que nunca, sem mais delongas liguei a torneira para enchê-la, adicionando variados sais na medida certa. Nem me dei conta de quando a banheira estava cheia, desliguei a mesma quando as espumas estavam evidentes, quase transbordando. Adentrei a água quente e relaxante, meu corpo se arrepiou, meu paraíso se completou ali, amarrei o cabelo em um coque mal feito encostando o pescoço na borda, deslizando totalmente meu corpo para dentro da água.

Com os olhos fechados me perdi em pensamentos, ainda podia sentir o toque aveludado de seus lábios nos meus, a corrente elétrica de seus toques, podia sentir seu coração bater acelerado junto ao meu, o descompasso das nossas respirações, podia sentir esse sentimento bom que era estar com ele, essa paz.

Não vi a hora passar, estava quase adormecendo, resolvi ir pra cama. Deixei o banheiro em direção ao closet, me troquei vestindo uma camisola fresca me olhei no espelho e me senti mais linda, mas feliz. Em passos lentos fui para cama, me encolhi em meio às cobertas e adormeci serena.



Uma Semana Depois...





NOTAS: Oi  Amoras, volteii <3.... Mais um capítulo, me digam, só eu que amei esse capítulo? Me contem... Amo vcs !!!!

3 de junho de 2016

CAPÍTULO 24 - "Você me faz bem Luan!"



Aqui estou eu novamente... Como vocês estão?... Sobre o capítulo quero que saibam que eu amei escrever ele, espero que vocês gostem! 





Luan Narrando


Encarei firme seus olhos e logo desviei o olhar.

- É somos só nós dois. – Sorriu. – Não sei por que, mas eu tenho a impressão de que elas não foram só ao banheiro. – Disse irônica e começamos a rir, sua risada era contagiante ela exalava alegria, meu coração ficava cheio quando isso acontecia.
- Vem, vamos pagar a conta! – chamei após um silêncio se instalar ali. Peguei em sua mão assim que estávamos de pé, apanhei as comandas em cima da mesa e fomos caminhando lado a lado.

Senti que ela ficou um pouco tensa com minha atitude, mas foi mais forte que eu. Paguei a conta mesmo com ela pedindo para pagar a parte dela. Saímos da sorveteria, dessa vez apenas lado a lado sem grudar as mãos.

- Queria te convidar para dar uma volta, claro se você quiser se não eu posso te levar em casa. – Falei assim que nossos olhos se encontraram.
- Tudo bem! Vamos dar uma volta. – Falou sorrindo.

Segurei sua mão novamente e fomos caminhando até o carro, queria levá-la para um parque, natureza, ar puro e uma boa conversa.

Abri a porta do carro para ela que timidamente adentrou o mesmo, dei a volta e me coloquei no lugar do motorista, liguei o carro e segui o caminho até o parque. São Paulo a essa hora estava movimentada, bares e restaurantes lotados, ela se encolheu no banco, eu a observada pelo canto dos olhos, tinha a cabeça virada na direção do vidro e olhava o movimento. Em determinado momento nossos olhos se encontraram, sorrimos um para o outro.

- Se você quiser eu ainda posso te levar em casa. – Falei e aguardei sua resposta.
- Tô começando a achar que você se arrependeu de me chamar para essa voltinha cantor! – Falou com um sorriso travesso nos lábios me encarando logo em seguida.
- Nunca me arrependeria disso. – Falei com convicção, pegando sua mão e depositando um beijo ali, ela sorriu e recolheu a mão.

Em menos de dois minutos chegamos ao nosso destino, estacionei o carro e a encarei.

- Vamos?
- Claro!

Saímos do carro e segurei em sua mão e dessa vez senti que ela estava mais segura. Caminhamos pelo parque até um local bem iluminado e sentamos em um banco que havia ali. Me surpreendi com sua atitude ao deitar sua cabeça em meu peito, sorri e comecei um cafuné em seus cabelos de fios loiros.

- Como você está se sentindo? – Perguntei.
- Bem, decidi seguir minha vida. – Falou calma.
- Seguir como?
- Não quero mais me importar com o que as pessoas vão pensar das atitudes que eu tomar daqui para frente, vou me importar menos com a opinião dos meus pais, quero mais liberdade. – Suspirou.
- Concordo com você, vou estar sempre aqui do seu lado. – Depositei um beijo em sua cabeça.
- Obrigada!
- Eu fiquei preocupado com você, fiquei com medo das consequências dos atos. – Ela levantou seu corpo e se endireitou no banco me encarando sorrindo.
- Aquilo foi uma loucura, eu estava fora de mim, mas fiquei feliz com a sua preocupação, com a sua visita e principalmente com a música que você cantou para mim naquele hospital.
- Você não sabe o tamanho da minha felicidade. – Sorri.
- Eu posso imaginar. – Ela sorriu me encarando com um olhar forte e acariciando meu rosto com sua mão delicada. – Você me faz bem Luan!

Suas palavras foram como música para meus ouvidos, naquele momento parecia que nada mais existia ali ao nosso redor, um sorriso grande formou-se nos meus lábios, coloquei uma de minhas mãos em cima da dela e sustentei seus olhos por um curto tempo, nesse instante sua boca rosada parecia mais hipnotizante do que seu par de olhos claros.

Me aproximei com calma, seus olhos fecharam ao sentir minha respiração tão próxima de seu rosto, levei minha outra mão para trás de sua cabeça e enrosquei meus dedos nos fios do seu cabelo, rocei levemente nossos lábios, sua boca agora estava entreaberta ansiava pelo que viria, afim de acabar com a nossa tortura, tomei seus lábios em um beijo extremante calmo,  sem pressa, apenas para sentir o gosto um do outro. Cada toque de nossas línguas era como descargas elétricas pelo meu corpo, a sua mão que acariciava minha nuca deixava o momento ainda mais gostoso. 

Sua respiração foi falhando e a intensidade do beijo diminuindo, ao fim dele mantive meus olhos fechados assim como os seus e nossas testas coladas, ainda depositei alguns selinho sobre sua boca antes de dizer

- Você também me faz bem Vitória!  - Um sorriso brincou em seus lábios o que me deixou mais que satisfeito.

Ela desencostou nossas testas me encarando com o mais doce dos olhares, sorrindo ela levantou-se do banco e estendeu sua mão para que eu pegasse.

- Vem, vamos andar um pouco. – Segurei sua mão apenas para levantar porque ao fim do primeiro passo meu braço já envolvia sua cintura assim como ela envolvia a minha. Puxei seu queixo em minha direção e lhe dei outro beijo casto, seguimos em silencio por um bom tempo.
- Qual será o seu primeiro passo para comandar sua vida por completo? – Perguntei interessado.
- Tenho planos de comprar meu apartamento, sair da casa dos meus pais.
- Já começou a ver?
- Não, comecei a pensar nisso por esses dias, quero que meu irmão me ajude, quero que só ele lá de casa saiba, assim que encontrar o que eu procuro comunico o restante.
- Acho que vai te fazer bem ter seu próprio cantinho.
- Com certeza, é o que eu mais quero.
- E o consultório?
- Vou voltar segunda, tô muito animada, não vejo a hora de ver meus pequenos novamente. – Ela sorriu com gosto, realmente sua profissão era o que mais lhe fazia feliz.
- Imagino você é uma grande profissional. – Encarei seus olhos.
- Agora vamos parar de falar sobre mim, vamos falar de você. – Ela parou de andar e apontou em direção ao meu peito com as duas mãos, segurei seus braços e os coloquei em volta do meu pescoço abraçando sua cintura logo em seguida.
- Não tem o que falar de mim. – Sorri e ela me olhou desconfiada.
- Quando volta para os shows?
- Na terça pego a estrada de novo, falando em show, no próximo sábado tenho um show aqui em São Paulo queria muito que você fosse, você seus amigos e seu irmão, a Bruna e meus pais também vão.
- Será um prazer prestigiar seu belo trabalho moreno. – Ela falou divertida.
- Conto com a sua presença loira. – Sorri.
- Eu estarei lá. – Piscou os olhos, esbocei outro sorriso e de surpresa tomei novamente seus lábios, dessa vez foi mais intenso e bem mais rápido, mas igualmente bom ao anterior.
- Acho que já está ficando tarde. – Ela disso após me abraçar encostar sua cabeça em meu peito.
- Eu te levo em casa.
- Tudo bem!

Fomos de mãos dadas novamente para o carro, o trajeto até seu condomínio foi extremamente tranquilo, fomos escutando as mais diversas músicas internacionais e ela arriscava cantar boa parte delas.

- Entregue senhorita. – Disse após parar em frente a sua casa.
- Muito obrigada! – Ela sorriu. – Eu adorei nosso passeio.
- Eu também, qualquer dia desses, eu te rapto de novo para outro passeio.
- Eu vou adorar. – Ela se inclinou em minha direção colando seus lábios em minha bochecha em um beijo carinhoso. – Tchau, até mais.
- Até mais. – Em seguida ela saltou do carro e correu em direção a porta de sua casa, destrancou e antes de adentar completamente acenou um “tchau”, devolvi o gesto saindo com o carro em seguida, com uma sensação leve no peito e uma felicidade que não cabia em mim.






PS:  Nosso casal está apaixonado? Deixe a opinião de vocês, amei esse passeio deles, simples mas totalmente marcante <3. 

11 de abril de 2016

CAPÍTULO 23 - Sozinhos!

Resolvi mudar o local das notas, como vocês estão? Bom, não vou ficar me desculpando, algumas das minha leitoras sabem que eu iniciei essa fanfic com um certo receio, não de não ser aceita, mas sim porque meu tempo é corrido, a faculdade esse ano me pegou de jeito e eu tô correndo o risco de perder minha vaga por conta de algumas reprovações, a faculdade é pública e impõe alguns "poréns" para os alunos um deles é passar nas matérias de primeira. Então mais do que nunca tive que me dedicar mais aos estudos, abdiquei de várias coisas pra isso acontecer e deixei também muita coisa em segundo plano. O que eu peço a vocês é que me entendam, deixei até os grupos do whatsapp que eu participo um pouco de lado, mas não foi por mal, eu tô tentando ao máximo administrar meu tempo, e reservando um tempinho pra mim também, isso tudo porque eu não quero ficar igual ao ano passado, tive princípio de depressão no final do ano de tanta pressão e carga em cima de mim. Enfim, só quero que saibam que eu não desisti da Fic, ela é meu sonho e eu amo escrever e amo cada uma de vocês, e aí está mais um capítulo.

Boa Leitura!!!



Luan Narrando


Eu não sabia o que pensar, meus pais tinham com certeza uma vida ativa, mas não pensei que chegariam a esse ponto. Mas espera, será que essa criança foi planejada? Não, claro que não, se fosse minha mãe saberia e não enrolaria tanto pra ir ao médico. Seus olhos estavam marejados, acho que foi uma surpresa e tanto, o coração de mãe dela deve estar bem bagunçado, afinal, depois de dois filhos criados ela descobre a chegada de outro. Suponho também que ela devia estar pensando na nossa reação, isso é inegável.

- Mãe... – Bruna se jogou em seus braços emocionada. – Vai dar tudo certo mãe!
- Eu sei meu amor. – Sorriu.

Acho que é da nossa “aceitação” que ela precisava, seus olhos passaram de marejados para inundados, as lágrimas tomaram conta do seu rosto rapidamente e eu não sabia o que pensar. Olhei para meu pai a procura de uma resposta, ele me encarou com os olhos preenchidos pela emoção, poxa apesar de tudo eles estavam felizes. Encarei minha mãe, agora com seus braços livre, e a vi suspirar, não pensei duas vezes e tomado pela mesma emoção me joguei também em seus braços.

Seu alívio veio à tona novamente, seu choro era forte, eu não conseguia lhe dizer uma só palavra e quando dei por mim uma lágrima já escorria pelos meus olhos, ela me abraçava com todas as forças. Levantei levemente minha cabeça de seu ombro e olhei em direção ao meu pai, que agora estava de pé abraçado com minha irmã e chorava também, abracei mais uma vez minha mãe e em seguida encarei seus olhos e sorri pra ela que me acompanhou com o mais belo dos sorrisos, enxuguei seu rosto e dei um beijo em sua bochecha, é ela realmente estava feliz.

- Tá podendo em véio. – Falei zoando meu pai, que neste momento encontrava-se com a cara mais boba do mundo.
- Me respeita rapaz. – Foi a vez dele de falar e todos deram risada inclusive minha mãe.
- A senhora também dona Marizete. Cadê o sossego de vocês? – Perguntei.
- Menino... – Bateu em meus ombros dando risada logo em seguida.
- O importante é que estão todos felizes. – Disse mina irmã se jogando no sofá do outro lado da minha mãe a abraçando, automaticamente me juntei naquele abraço sendo muito bem recebido. Já estava começando a gostar da ideia.




Vitória Narrando


Passei a tarde toda dentro do quarto, minha esperança era conseguir colocar minha cabeça no lugar, mas só fiz chorar. Memórias das coisas que eu havia passado, do quase suicídio e principalmente a cena que eu presenciei quando cheguei. Já se passava das 15:00 horas quando escutei batidas na porta do meu quarto, revirei os olhos ainda abatida, mas respondi um audível “entra”, sem ao menos trocar de lado na cama pra saber quem adentrava o quarto.

- Minha filha? – Era Cida que havia entrado no quarto, respirei aliviada por isso. Me virei na cama a encarando. – Trouxe um lanchinho pra você. – Sorriu colocando a bandeja nos pés da cama.
- Eu não tô com fome Cida. – Falei sentando na cama.
- Mas você tem que comer meu amor. – Sorriu. – Olha tenho certeza que você não vai resistir ao meu pão de queijo em. – Falou divertida.
- Cidinha, porque você é assim em. – Falei esticando o braço e pegando a bandeja.
- Eu só quero você bem.
Acabei me empanturrando daquele pão de queijo maravilhoso acompanhado de um ótimo suco de laranja.
- Meus pais estão aí? – Perguntei.
- Só seu pai, deve estar no escritório. Sua mãe disse que iria ao ateliê, tentar distrair a cabeça.
- Porque isso Cida? – Olhei pra ela com os olhos marejados, ela deixou a bandeja que estava em suas mãos na mesa que existia em meu quarto e se sentou ao meu lado. – Porque comigo?
- Ôh meu bem, isso só o tempo pode te dizer, mas de uma coisa eu tenho certeza, você tem que pensar mais em você, esqueça um pouco seus pais, os problemas deles, eles resolvem, viva sua vida meu amor, curta sua juventude, você tem muito o que viver, não merece se entregar assim, no fundo eles te amam, do jeito deles mais amam. – Levantei a cabeça e sorri pra ela. – E você poderia começar levantando dessa cama, tomando um banho e sair pra dar uma volta.
- Só você mesmo Cidinha.- Disse enchendo ela de beijo.
- Já disse só quero bem querida. – Deu um beijo na testa e saiu me deixando com meus pensamentos.

Ela tem razão eu tenho que viver minha vida, do jeito que eu quero com quem eu quero. Tenho que pensar em mim e parar de me importar com o que os outros pensam, tenho que voltar pro consultório, meus pacientes precisam de mim e eu deles.

Resolvi que iria aceitar a sugestão de Cida, vou tomar eu ar. Liguei para Alice pra saber se ela gostaria de me fazer companhia, como uma boa amiga que é disse que estaria aqui na porta de casa em 20 minutos, iriamos na em alguma sorveteria tranquila de São Paulo.

Fui tomar um banho e confesso, sai de lá com a mente um pouco mais relaxada, já eram 18:15 horas, me arrumei vestindo um vestido fresco com uma rasteirinha e estava pronta. Recebi uma mensagem de Alice dizendo que estava porta de casa, desci encontrando Cida na sala organizando as almofadas, avisei a mesma que iria sair com Alice, mas pedi também que se meus pais perguntassem por mim, era apenas pra dizer que eu saí e pra não se preocuparem.

Entrei no carro de Alice e fomos até uma sorveteria escolhida por ela, colocamos nosso CD favorito e durante o caminho inteiro fomos espantando os males. Entramos no estabelecimento e sentamos em uma mesa mais reservada, fizemos nosso pedido e iniciamos uma conversa inevitável.

- Como está se sentindo amiga?
- Na medida do possível bem.
- Tô te achando com uma carinha bem melhor hoje. – Sorriu pegando em minhas mãos.
- É eu estou me sentindo bem melhor agora. Conversei muito com a Cidinha hoje a tarde, ela me deu vários conselhos e eu resolvi seguir, tá na hora de começa a seguir minha vida, pensar um pouco em mim, fazer aquilo que eu tenho vontade sem me preocupar com a opinião dos meus pais.

- Isso aí amiga, eu te apoio totalmente. – Nossos pedidos chegaram e saboreamos aquela taça de sorvete imensa, bem nossa cara. 






@AlicePVeloso: Sorvetinho com ela @VitoriaLFiore é tão bom tiver bem e sorrindo <3





- Olha só quem tá vindo ali. – Alce apontou já dando um tchauzinho, me virei olhando para trás e dei de cara com eles, Bruna e Luan, estava morrendo de saudades da minha amiga e por incrível que parece estava com saudades dele também. Bruna veio saltitante até nós e ele atrás.
- Que saudades de vocês amores. – Chegou em nossa mesa falando.
- Nós também. – Disse a abraçando.
- Como você está Vi? – Perguntou para mim depois de me abraçar.
- Eu tô bem sim. – Sorri.

Luan esperava atrás da irmã para me cumprimentar.

- Tudo bem? – Perguntei em seu abraço e recebendo um beijo no rosto.
- Tô bem e você parece melhor do que aquele dia.
- É eu estou.

Nos sentamos, e logo o pedido deles chegaram, terminamos o nosso e eles logo depois.

 - Gente tenho uma coisa pra contar? – Disse Bruna.
- Então conte. – Pedi um pouco curiosa.
- Minha mãe está grávida.

Minha boca se abriu, eu realmente estava surpresa, dona Marizete esperando um bebê, deve ter sido uma surpresa e tanto.

- Sério Bru!? – Alice também parecia desacreditada.
- Sim, pensei que o Luan fosse pirar. – Começamos a rir da cara dele.
- Também não foi assim né. – Disse mechando na borda da taça de sorvete.
- Ah ter um irmão mais novo assim não deve ser ruim, pensa uma criança pra alegrar a casa. – Eu disse sincera.
- É eu também penso assim. – Disse Alice.

Nossa conversa fluiu durante mais um tempo, já me sentia estranhamente incomodada com a presença eletrizante de Luan ao meu lado, já estava pronta para chamar a Alice para irmos embora quando a mesma teve uma ideia brilhante, que me fez fuzila – lá com olhar.

- Bru vamos comigo ali no banheiro? – Chamou piscando para ela.
- Vamos. – As duas levantaram e seguiram o caminho do banheiro.

Bom se eu já estava incomodada antes agora então nem se fala. Me mexi na cadeira enquanto um silêncio constrangedor se instalou ali, poucos segundos claro, porque logo depois sua doce voz invadiu meus ouvidos me tirando do meu mundo e acionando cada ponto de tensão do meu corpo.

- Acho que agora é só a gente aqui. – Disse olhando em minha direção.
Encarei seus olhos incapaz de responder, não sabia onde minha voz tinha ido parar.







PS: DESCULPA SE TIVER ALGUM ERRO ORTOGRÁFICO!!!